quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

para dezembro...

Fujo daqui, fujo de mim
Querendo encontrar-me sendo alguém que não sou
Finjo não me importar e esquecer cada desencanto
Cada fracasso, cada espanto
Mas a verdade é que nada mais importa tanto
Do que ter você ao meu lado, do que ver você como jasmim
Fragrante e notável
Bem claro e de doce vislumbramento
Perto, bem junto de mim
Como quimera e utopia
Que traz folia e inspira poesia
Tira o ar, arrepia a derme
Me carrega no colo e me enlaça como uma rede
Acalmando meus medos, aquietando meu coração...
É o que temos para dezembro...
É onde gostaríamos de parar o tempo...
É o que precisamos pra esse verão...

segunda-feira, 25 de julho de 2011

qual a resposta?


E quando você não se sente mais tão jovem assim, e percebe que o tempo realmente passou, ao olhar para trás e ver que tudo mudou e não restam sequer muitos resquícios do que era antes?
E quando os amigos parecem mais distantes que o normal e, mesmo cercado por eles, você parece estar sozinho quando realmente precisa?
E quando o rumo da sua vida não é bem aquele que você sonhou ou planejou?
E quando as coisas não aconteceram como você esperava e você se sente meio frustrado?
E quando você não consegue esquecer aquilo que te marcou tão profundamente e continua remoendo em seu coração algo que já deveria estar bem longe dos seus pensamentos?
E quando as noites não são mais tão bem dormidas e o descanso nunca parece ser suficiente?
E quando as pessoas começam a ir embora e você percebe que poderia ter sido mais presente na vida delas e ter demonstrado um pouco mais do valor que elas tinham para você?
E quando você olha para suas mãos e percebe que não possui realmente nada por aqui?
E quando você prefere nem desejar mais as coisas e esperar que elas possam acontecer para não se frustrar novamente?
E quando você se sente sufocado por tudo ao seu redor?
E quando muito do que se vê parece tão artificial?
...
Apenas alguns desabafos dentre tantos dos questionamentos que me angustiam...
A única esperança em meio a todo esse labirinto, naquEle infalível, autor do tempo, do espaço, da vida.

domingo, 27 de março de 2011

repouso.

Quando com meus olhos cansados encontrar
Faz-me segura em teus braços repousar
Até que adormecida eu possa levitar
Em meus pensamentos contigo caminhar
Te desenhar...
Lá fora faz frio
Aqui dentro, aqueces-me o coração.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

castelo de areia.


Engenhosidade própria
Adornado com cuidado
Cada detalhe trabalhado
Pensado, imaginado,
Sonhado.
Sorriso no olhar
Revela a graciosidade do desejo
Obra de mãos de menina
Doce ilusão de que ali poderia habitar
E dançar, dançar.

Castelo de areia
Até um lago abriga na entrada
Mar salgado a preenchê-lo
O que o sustentará?
O vento que bate
A água que chega
Estrutura minada
A desmoronar.
Quem disse que poderia ficar de pé?
Pesquenos grãos, apenas...



[Muuuito tempo depois, estou de volta ao blog! Dia desses estava pensando em como eu construo castelos de areia na minha vida... Mas, infelizmente, eles não conseguem resistir à brisa marítima, nem à arrebentação das ondas que chegam à praia. Tem uma musiquinha que diz: "Não, não construa sua casa na areia. Não, não construa na beira do mar. Mesmo que pareça chique é impossível que ela fique, a tempestade a vai derrubar. A rocha é o lugar de construir, o alicerce forte que não vai cair. As tempestades vão e vêm, mas a paz de Cristo tu tens". E é bem isso mesmo... No final das contas, restam apenas os pequenos grãos de tudo aquilo que tentei construir com minhas próprias mãos, tudo ao chão.]