segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

castelo de areia.


Engenhosidade própria
Adornado com cuidado
Cada detalhe trabalhado
Pensado, imaginado,
Sonhado.
Sorriso no olhar
Revela a graciosidade do desejo
Obra de mãos de menina
Doce ilusão de que ali poderia habitar
E dançar, dançar.

Castelo de areia
Até um lago abriga na entrada
Mar salgado a preenchê-lo
O que o sustentará?
O vento que bate
A água que chega
Estrutura minada
A desmoronar.
Quem disse que poderia ficar de pé?
Pesquenos grãos, apenas...



[Muuuito tempo depois, estou de volta ao blog! Dia desses estava pensando em como eu construo castelos de areia na minha vida... Mas, infelizmente, eles não conseguem resistir à brisa marítima, nem à arrebentação das ondas que chegam à praia. Tem uma musiquinha que diz: "Não, não construa sua casa na areia. Não, não construa na beira do mar. Mesmo que pareça chique é impossível que ela fique, a tempestade a vai derrubar. A rocha é o lugar de construir, o alicerce forte que não vai cair. As tempestades vão e vêm, mas a paz de Cristo tu tens". E é bem isso mesmo... No final das contas, restam apenas os pequenos grãos de tudo aquilo que tentei construir com minhas próprias mãos, tudo ao chão.]

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